O sonho de viajar sempre esteve por aqui. Sempre!
Ainda criança, quando tinha a oportunidade de jogar Road Rash 3D no vídeo game do meu primo, adorava sair da corrida em qualquer bifurcação e passear pelo mapa do jogo sem nenhum compromisso com o pódio. Uma fixação estranha com quadros de paisagens e fotos panorâmicas também me faz acreditar que sempre tive essa vontade de sair da rotina de um bairro só. Mais recentemente, já adulto, mas até hoje adepto (talvez até adicto) dos jogos eletrônicos, conheci um jogo que te coloca no corpo de um viajante espacial que, pulando de estrela em estrela, procura respostas para a própria existência. Busque aí por No Man’s Sky! A possibilidade de descobrir outros mundos, outros sistemas solares e, porque não, outros universos, é simplesmente encantadora! Talvez por isso gostei tanto de Interestelar.
Ok. Ela sempre esteve por aqui, mas nunca esteve assim tão óbvia. Durante muito tempo eu quis sair do Brasil, mas por raiva do que faziam com o povo por aqui. Corrupção, entreguismo, covardia, lucro acima de tudo… Isso tudo, aliado à uma ambição de adolescente, sempre me permitiu “comprar” o sonho americano muito facilmente.
Me lembro de planejar viagens com amigos de infância que nunca saíram do papel… Contudo, depois de adulto e com uma outra cabeça, comecei a viajar de novo, mas na garupa do Alfredo, o motochileiro. Ele e sua história me mostraram não só que era possível, mas necessário tirar os sonhos do papel.
O plano inicial era para começar a viagem no início de 2019, quando me formei em Sistemas de Informação, mas, como você deve saber, a Covid chegou e avacalhou o tabuleiro todo. Pra ser sincero, eu já estou acostumado: tudo, absolutamente tudo que eu desejo demais, só é possível depois de muita trolagem desse universo…
PS.: A foto da publicação é da moto que eu planejava usar na viagem, mas pelo visto as coisas mudaram né? 🙂